RICARDO MESTRE
CASTROMARINENSE, NATURAL DA CORTELHA
Humilde na conversa e tímido nas palavras, Ricardo Mestre tem agora 26 anos e cedo percebeu que o ciclismo era o seu desporto de eleição, quando aos 12 anos começou a competir em bicicleta. Aos 21 tornou-se profissional e um ano depois, tornou-se um dos ciclistas mais jovens a vencer isolado, uma etapa da Volta a Portugal e a conquistar a camisola amarela, tornando-se ai, uma das promessas do ciclismo nacional.
Ricardo Jorge Correia Mestre, nascido a 11 de Setembro de 1983, foi na Cortelha, uma pequena localidade da freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, que o jovem ciclista cresceu, ao lado do seu irmão Mário com quem Ricardo partilhava tudo o que fazia. “ Quando éramos mais novos partilhávamos tudo e éramos muito unidos, o que um fazia, fazia o outro”,
Humilde na conversa e tímido nas palavras, Ricardo Mestre tem agora 26 anos e cedo percebeu que o ciclismo era o seu desporto de eleição, quando aos 12 anos começou a competir em bicicleta. Aos 21 tornou-se profissional e um ano depois, tornou-se um dos ciclistas mais jovens a vencer isolado, uma etapa da Volta a Portugal e a conquistar a camisola amarela, tornando-se ai, uma das promessas do ciclismo nacional.
Ricardo Jorge Correia Mestre, nascido a 11 de Setembro de 1983, foi na Cortelha, uma pequena localidade da freguesia do Azinhal, concelho de Castro Marim, que o jovem ciclista cresceu, ao lado do seu irmão Mário com quem Ricardo partilhava tudo o que fazia. “ Quando éramos mais novos partilhávamos tudo e éramos muito unidos, o que um fazia, fazia o outro”,
confessou-nos. Com apenas 11 meses de diferença do irmão acabaram por escolher o mesmo desporto e entraram juntos no ciclismo. “O nosso pai foi quem nos inscreveu, perguntou-nos se nós queríamos ir e respondemos logo que sim, já que todos os dias andávamos de bicicleta e para onde quer que fossemos na Cortelha lá íamos dando aos pedais”, recorda com um sorriso nos lábios. Entretanto o agora vocalista do “Grupo Mais 2”, passado um ano acabou por sofrer uma queda grave onde fracturou a “cana do nariz” e abandonou a modalidade, enquanto que Ricardo continuou na equipa onde sempre correu, o Clube Ciclismo de Tavira, actualmente a equipa mais antiga do ciclismo mundial, fundado a 31 de Agosto de 1979. “Sempre estive ligado ao Clube Ciclismo de Tavira onde entrei como cadete, depois júnior, sub-23 e em 2005 passei a profissional onde já vou na minha 6ª época” confessa.
Foi na antiga escola primária da Cortelha onde Ricardo Mestre estudou até à 4ª classe, posteriormente em Castro Marim cumpriu o ensino básico passando posteriormente para a escola Secundaria de Vila Real de Santo António onde completou o 10º ano, abandonando a escola a meio do 11º onde decidiu dedicar-se a 100% ao ciclismo. “Nunca gostei muito de estudar e como no ciclismo já recebia 30 contos por mês, decidi que era o ciclismo que queria para o meu futuro e comecei a dedicar todo o meu tempo à bicicleta, hoje talvez não tenha sido a melhor opção porque os estudos fazem muita falta mas na altura foi o que quis fazer”, conta-nos, dizendo que pretende futuramente acabar o ensino secundário.
Em 2005, Ricardo Mestre, assumiu uma relação com uma rapariga, a quem acabou por dedicar a sua vitória de etapa na Volta a Portugal de 2006. “Nesse ano fui para a Volta e disse à Vânia que ia andar no bolso com um porta-chaves que ela me tinha oferecido, e que caso ganhasse uma etapa iria tirá-lo e dedicar-lhe a vitoria e foi o que aconteceu, ela não acreditava e ficou muito surpreendida e no dia seguinte emocionada abalou para Fafe que era onde estávamos para me dar os parabéns pessoalmente e para me apoiar ”, revela-nos com alguma emoção nas palavras. Actualmente é com a Vânia que Ricardo partilha a sua vida e com quem está à espera no final do ano de uma menina.
Também os pais de Ricardo são grandes entusiastas do seu desempenho e apesar de estarem a viver em França sempre que podem vêem cá ver o seu filho correr, principalmente o seu pai que todos os anos está presente na Volta a Portugal. “É sempre muito bom sabermos que os nossos pais nos apoiam e é uma grande motivação saber que vem desde França para me apoiar”, evidência.
Ao fim destes 6 anos como profissional o ciclista natural da Cortelha, já se afirmou na equipa tavirense como um dos seus ciclistas mais importantes e onde tem sido um dos braços direitos de David Blanco nas 3 conquistas da Volta a Portugal, que já possui ao serviço deste clube algarvio. “É uma grande responsabilidade saber que não se pode falhar na fase decisiva onde se resolve a corrida e onde o chefe de fila mais precisa de nós, mas felizmente as coisas têm corrido bem e estas 3 vitorias conseguidas são uma óptima recompensa” evidência. Este ano, a equipa de Ricardo Mestre ganhou com classe e superioridade, acabando por justificar o favoritismo. “Fomos para a Volta só com o pensamento de ganhar e fomos a equipa que mais trabalhou para isso e no final concretizamos o nosso objectivo”, disse o atleta que este ano também acabou por realizar a sua melhor prestação até ao momento, na prova rainha do ciclismo nacional, com um excelente 8º lugar. “Senti-me bem e cada dia que passava estava melhor, nunca pus o meu lugar à frente do objectivo da equipa, mas as próprias circunstâncias da corrida fizeram-me obter este óptimo lugar, o que me deixou muito satisfeito”, avalia.
O próprio Marco Chagas, ex-ciclista quatro vezes vencedor da Volta a Portugal e actual comentador da RTP, diz que o Ricardo Mestre dava um óptimo chefe de fila numa prova com esta dimensão. “É muito bom ouvir isso de uma pessoa como o Marco Chagas, na verdade sinto que já vou estando maduro a esse respeito, após 6 épocas a ganhar experiência penso que estou preparado para assumir essa função, quando o director desportivo assim o entender”, fundamenta com ambição.
A verdade é que este ano, já lhe foi entregue a responsabilidade de liderar a equipa no Grande Prémio do Minho o que acabou por dar frutos e de onde Ricardo Mestre trouxe o triunfo final. “Fui para essa prova com a possibilidade de liderar a equipa conjuntamente com o Nelson Vitorino, felizmente as coisas correram-me bem e a equipa trabalhou para mim para que pudesse vencer e assim foi”, confessou.
Desde que Ricardo passou a profissional, os seus amigos têm-no apoiado sempre e formam um grupo, que actualmente conta com mais de 30 membros e que o segue por todo o pais, equipados a rigor, com a sua imagem e da sua terra. “Esse apoio é muito importante, sentir que para onde quer que vamos temos pessoas a dar-nos força, isso motiva bastante e mais ainda porque sei que também lá estão para me apoiar, não só nos bons momentos, mas também nos maus”, revela com satisfação.
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