Ricardo Mestre, o jovem de 26 anos da formação tavirense Palmeiras Resort – Prio – Tavira, trouxe para o sul do pais o seu primeiro triunfo pessoal em provas por etapas. Ricardo Mestre que é um trepador por excelência, teve na chegada ao alto da Pena em Guimarães, na última etapa deste GP Minho, o seu quadro de fundo para receber este grande prémio e a coroação do seu êxito.
Bom dia Ricardo, bem vindo ao CANTINHO DAS ESTRELAS e obrigado por teres aceite o nosso convite para fazeres o rescaldo da tua vitória no GP do Minho deste ano e desde já os nossos parabéns.
AB - Depois de fazeres uma Volta ao Alentejo bastante razoável, que foste 11º e em que o teu colega de equipa, David Blanco, ganhou, com que ambições vinhas para este GP
Minho?
R.M. - Sem duvida ia com ambição, talvez de poder fazer no pódio. Vinha de me sentir muito bem no Alentejo e o Vidal deu-me a oportunidade de liderar a equipa, juntamente com o Nelson Vitorino e tentei aproveitar ao máximo essa oportunidade.
AB - No domingo era uma etapa dura em que tu e o Vitorino estavam com hipóteses de ganhar o GP, mas isso passou-te realmente pela cabeça que pudesse acontecer, sentiste esse filing?
R.M. - Sentia que estava num grupo muito restrito de possíveis vencedores e depois quando entrei na fuga e chegamos ao 2° prémio de montanha com 6,30 minutos só ai acreditei que seria possível.
AB - E o ataque em bloco contigo na fuga foi premeditado pela equipa ou surgiu como uma consequência da corrida?
R.M. - O ataque foi um pouco um misto da consequência e da táctica que planeamos para a corrida.
AB - Como tinham planeado a corrida?
R.M. - Nós tínhamos planeado tentar mandar 2 ciclistas para a fuga e depois atacar a corrida na montanha de 2° cat., mas ao ver que estava a sair um grupo grande tentei entrar no grupo, porque a corrida vinha a grande velocidade e havia sempre a hipótese de pegar.
AB - Quem tinhas como favorito para poder vencer?
R.M. - Tinha como possível vencedor o Santi Pérez, mas o João Benta, Danail Petrov e o José Mendes eram também sérios candidatos.
AB - À entrada da subida já sabias que tinhas grandes hipóteses de ganhar este GP e de certeza que te parecia que a subida final nunca mais acabava, em que é que pensavas e o que é que te dava motivação para não baixar os braços e dar tudo até à meta?
R.M. - Não pensei em nada de especial, pus o meu passinho pela subida acima e desliguei da corrida.
Só sabia que depois do trabalho de toda a equipa, principalmente do Tomas, Daniel e do David Livramento que vinham comigo na fuga e puxaram a etapa toda até ao inicio da ultima subida, por isso não podia falhar.
AB - Tendo tido uma dedicatória especial em 2006, que muita gente se lembra de levares a mão ao bolso e tirar um porta-chaves, naquela etapa espectacular da Volta com chegada a Fafe e sendo esta a tua primeira vitoria numa prova por etapas, também esta teve dedicatória especial? A quem dedicas esta vitoria?
R.M. - Sim sem duvida, em primeiro ao Dr. Benjamin Carvalho e depois à Vânia com quem estou a entrar numa nova fase das nossas vidas, já que futuramente iremos ser papás. (sorriso)
AB - Achas que esta conquista pode ser o click para vermos o Ricardo Mestre, despontar como um dos melhores ciclistas Portugueses como se dizia em 2006 com a espectacular volta a Portugal que fizeste?
R.M. - Sim isto é sempre uma grande ajuda porque dá sempre muito mais motivação para continuar a trabalhar e porque deixa sempre a auto-estima em alta.
AB - Este bom resultado nesta altura pode adivinhar uns bons Campeonatos Nacionais e uma boa Volta a Portugal para o Ricardo Mestre?
R.M. - A Volta a Portugal é sempre o objectivo de qualquer ciclista do pelotão nacional,
quanto aos Nacionais vamos ver. Esta semana estou de ferias para descansar um pouco para a Volta. Vou fazer o Nacional de estrada sem pressão, mas tendo sempre em conta que é uma corrida um pouco de sorte.
R.M. - A Volta a Portugal é sempre o objectivo de qualquer ciclista do pelotão nacional,
quanto aos Nacionais vamos ver. Esta semana estou de ferias para descansar um pouco para a Volta. Vou fazer o Nacional de estrada sem pressão, mas tendo sempre em conta que é uma corrida um pouco de sorte.
AB - Achas que poderia estar na altura de transformar as duas pratas que já tens em Cap. Nacionais em ouro e poderes envergar a tão desejada camisola de campeão nacional ou a equipa leva outro objectivo para essa prova que não passa por ti?
R.M. - Os Nacionais é uma corrida em grandes tácticas, são corridas de sorte em que também é preciso estar bem fisicamente, isto no meu ponto de vista.
AB - No teu ver, quem são os principais candidatos à Volta a Portugal de entre as equipas portuguesas, já que ainda não se conhecem os estrangeiros que virão?
R.M. - Sem duvida o David Blanco e penso que, dentro da equipa, o Cândido também pode ter uma palavra a dizer.
Obrigado Ricardo Mestre pela disponibilidade e boa sorte para os Nacionais e para a Volta a Portugal.
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